Post by Alinne on Apr 7, 2006 22:56:03 GMT -5
Entrevista com Sascha:(2006)
No dia posterior ao show do Helloween em Porto Alegre, comparecemos ao hotel, como combinado
com o Tour Manager da banda. O guitarrista Sascha Gerstner nos concedeu uma descontraída entrevista e pudemos ainda bater um papo com os irreverentes músicos do Helloween.
RockBox - Nós podemos começar falando da noite passada, ok?
Sascha Gerstner - Você escolhe...(risos)
RB - O que você tem a dizer sobre o show? É o seu segundo show em Porto Alegre, certo?
Sascha - Sim.
RB - Seu primeiro show com o Helloween foi aqui...
Sascha - Sim.
RB - Então compare para nós e diga como se sente sobre o show.
Sascha - Foi algo novo para mim, ver uma banda nova, e ver toda aquela aparelhagem...Então me lembra o primeiro show que eu fiz com a banda e...aliás, eu não fiz muitas coisas, eu estou ficando no meu canto, pois estou doente!! (risos)
Mas eu estava bem feliz ao final do show! Não por causa da febre ou algo mais, porque eu estava muito doente! Eu só tentei não cair!
Eu só pensava, a cada coisa que eu fazia: "não caia e não toque os acordes errados"!! (risos)
RB - Uma coisa curiosa sobre as músicas escolhidas para o set list...Porque a banda decidiu tocar três músicas com mais de dez minutos??
Sascha - Só para provar a nós mesmos que nós poderíamos tocá-las ao vivo...
RB - E vocês o fizeram! (risos)
Sascha - Apenas por diversão, sabe? Mesmo que você esteja fazendo uma continuação do Keepers of the Seven Keys, é uma coisa legal tocar essas músicas longas e provar às pessoas que essa nova formação também pode tocá-las também!
RB - A idéia do Helloween ao decidir gravar um novo Keepers era de fazer um album como os antigos Keepers ou fazer algo novo?
Sascha - A idéia por trás disso era apenas ter o mesmo sentimento, com essa nova formação, sabe?
Porque a banda não teve bons momentos antes, e agora somos uma banda novamente. Foi para provar que esta banda pode fazer um album como esse.
RB - O Helloween está bem diferente. Na primeira vez que vimos o Helloween, em 2001, Havia um clima...assustador, estranho, no palco...alguma coisa estava errada, e envolvia a todos...
Sascha - Sim, como também, às vezes, as pessoas pensam o que elas querem. Às vezes tudo está certo e as pessoas acham que está estranho. E às vezes está tudo errado e as pessoas ficam "ohhh ótimo!!"...qualquer coisa que você fizer, está errada.
RB - E sobre ontem, o que você diz, estava tudo certo?
Sascha - Sim, apesar de eu estar doente, sim! (risos)
RB - Ontem pudemos ver um Helloween bem mais feliz. Você concorda??
Sascha - Definitivamente!! Isso possibilita longas turnês. Foi por isso que nós decidimos gravar um novo album. Foi como continuar e não copiar nada, sabe? Como era antes...
RB - E sobre a escolha do setlist...o Heloween sempre muda muda muito o setlist, e toca músicas que não costuma tocar, como A Tale That Wasn't Right...
Sacha - Hum...Mas acho que a banda tocou esta música por um bom tempo...
RB - Mas recentemente, no último show que o Helloween fez aqui, não tocou algumas músicas que tocou ontem...
Sascha - Sim, eu estava nesse último e foi bem diferente!!
Decidimos fazer um set list no qual pudéssemos tocar todos os hits e novo material também. Mas é impossível tocar todas as músicas, pois numa banda com uma longa história não é possível tocar tantas músicas no show...eu acho...
Nota: Nesse momento o gravador cai sobre a mesa, quase no colo de Sascha, fazendo bastante barulho.
RB - Nós estamos tentando te matar!
(risos gerais)
RB - Continuando: isso acontece com qualquer banda com mais de 15 anos de carreira. Tem que decidir sobre músicas antigas e novas...
Sascha - Eu acho que você não pode deixar todos satisfeitos...Fazemos um show e depois as pessoas perguntam: "ah, por que vocês não tocaram essa música ou aquela música?".
Se você tocar "essa" ou "aquela" música, as pessoas vão vir a nós também para perguntar "por que vocês tocaram essa e aquela???". (risos)
RB - Você teria que fazer um show de 4 horas, e mesmo assim isso ia acontecer!
Sascha - Eu acho isso bem difícil numa banda, você vai sempre errar. Você não pode fazer as coisas certas para todos, é impossível...
RB - Sobre a escolha do Dani...Foi difícil ou fácil encontrar um novo baterista?
Sascha - Para nós foi muito fácil, porque ele não tinha mais trabalho além da gravação, ele apenas veio para tocar no disco e nós vimos que ele era o cara certo...e ele realmente é!
RB - Estas decisões de novo baterista, set list, são feitas por Michael e Andi, ou todos juntos?
Nota: O gravador cai mais uma vez perto de Sascha, fazendo mais barulho e interrompendo a atenção de todos.
RB - Nós ainda vamos te matar antes do fim da entrevista!!
(risos por parte de todos)
Sascha - Hum...Cada decisão é feita como uma decisão da banda. Então nós apenas conversamos e decidimos juntos.
Eu sei que há muita fama sobre Weiki ser o chefe, ou Andi ser o chefe, e eles ficarem nos falando as coisas e nós sermos apenas escravos...(risos)
Entende? É besteira...
Nós decidimos tudo juntos.
RB- Não há chefe?
Sascha - Não. Há os caras antigos e nós somos os novos, dos quais eles tomam conta. Eles nos levam ao palco e nos tiram dele...(fazendo com os braços como se carregasse um bebê)
Não, estou só brincando!! (rindo)
RB - O que você faz no tempo livre? Além de responder entrevistas de websites brasileiros??
(risos gerais)
Sascha - Não há muito tempo livre. Tocar nesta banda é um trabalho de tempo integral. Nós estamos viajando o tempo todo, há novas turnês no verão, e nós estamos sempre compondo novas músicas, pois elas não caem do céu.
As pessoas pensam que tocando numa banda dessas você não tem que se preocupar, você não tem que trabalhar, você tem um monte de dinheiro...e não é verdade. Há muito trabalho a se fazer!
RB - Você conhece algo sobre o Heavy Metal brasileiro?
Sascha - Na verdade....Não. Eu só conheço o Angra. Eu diria que é uma banda famosa daqui, certo?
RB - Sim.
Sascha - É a única banda que conheço!
RB - Sepultura...Angra...Shaman...Krisiun??
Sascha - Sepultura? Ah, eles são daqui também... Eu achava que eles eram do México...
(risos)
RB - Falando dos outros shows no Brasil, você acha que para vocês é muito diferente tocar em lugares pequenos como o Opinião, tocando para 2000 pessoas?
Vocês costumam tocar para...quase 10.000 pessoas...
O que você acha dessas diferenças?
Sascha - Eu diria que nós basicamente tocamos em vários tamanhos de palco e vários tamanhos de lugares, então é sempre uma surpresa. Você sempre vê pessoas de várias idades, diferentes públicos. É muito mais interessante do que tocar todos os dias num estádio. Ficaria chato...
Prefiro essas surpresas!
RB - O que você tem ouvido e que bandas você mais gosta?
Sascha - Eu não tenho bandas favoritas...
RB - Helloween? (risos)
Sascha - Eu realmente não tenho bandas preferidas. Eu escuto um monte de estilos diferentes. Tenho a mente bem aberta. Desejo ver mais do que um fã de heavy metal, às vezes. Ouço Jazz, Pop Music, Rock, Heavy Metal, tudo...
Eu sou um músico, não só fã de heavy metal, entende?
RB - Hum...Você ouve coisas que um músico ouve para crescer musicalmente, para aprender...(?)
Sascha - Hum, eu não sei...Mas, por exemplo, se eu estou com meus amigos em casa, e não há fãs de heavy metal, nós ouvimos de tudo...Eles ouvem Helloween e dizem "mas isso não é heavy metal, é rock", sabe? Eles ouvem de tudo.
Se a música é boa, e eu gosto, eu ouço!
Não é como ser um fã de alguma banda. É como gostar de comida italiana. Você não vai comer comida italiana todos os dias.
Nota: O Helloween estava deixando o hotel. Estávamos entrevistando Sascha no hall de entrada enquanto o resto da banda e a equipe saíam com a bagagem.
RB - Bem, para finalizar, diga algo aos fãs de Porto Alegre.
Sascha (como se estivesse discursando) - Olá queridos amigos do heavy metal de Porto Alegre!!!
Eu realmente gostei da cidade, mas não vi muita coisa, porque eu só fiquei no hotel, mas acredito que é muito legal, pois vejo muitas árvores ali fora!
(gargalhadas)
Foi muito legal tê-los no show ontem...hum...e eu desejo ver vocês na próxima vez também!
RB - "...e eu ainda estou vivo!"
Sascha - Sim!!
(mais gargalhadas e a despedida da banda que partia para o aeroporto).
Fonte: www.rockbox.com.br/
No dia posterior ao show do Helloween em Porto Alegre, comparecemos ao hotel, como combinado
com o Tour Manager da banda. O guitarrista Sascha Gerstner nos concedeu uma descontraída entrevista e pudemos ainda bater um papo com os irreverentes músicos do Helloween.
RockBox - Nós podemos começar falando da noite passada, ok?
Sascha Gerstner - Você escolhe...(risos)
RB - O que você tem a dizer sobre o show? É o seu segundo show em Porto Alegre, certo?
Sascha - Sim.
RB - Seu primeiro show com o Helloween foi aqui...
Sascha - Sim.
RB - Então compare para nós e diga como se sente sobre o show.
Sascha - Foi algo novo para mim, ver uma banda nova, e ver toda aquela aparelhagem...Então me lembra o primeiro show que eu fiz com a banda e...aliás, eu não fiz muitas coisas, eu estou ficando no meu canto, pois estou doente!! (risos)
Mas eu estava bem feliz ao final do show! Não por causa da febre ou algo mais, porque eu estava muito doente! Eu só tentei não cair!
Eu só pensava, a cada coisa que eu fazia: "não caia e não toque os acordes errados"!! (risos)
RB - Uma coisa curiosa sobre as músicas escolhidas para o set list...Porque a banda decidiu tocar três músicas com mais de dez minutos??
Sascha - Só para provar a nós mesmos que nós poderíamos tocá-las ao vivo...
RB - E vocês o fizeram! (risos)
Sascha - Apenas por diversão, sabe? Mesmo que você esteja fazendo uma continuação do Keepers of the Seven Keys, é uma coisa legal tocar essas músicas longas e provar às pessoas que essa nova formação também pode tocá-las também!
RB - A idéia do Helloween ao decidir gravar um novo Keepers era de fazer um album como os antigos Keepers ou fazer algo novo?
Sascha - A idéia por trás disso era apenas ter o mesmo sentimento, com essa nova formação, sabe?
Porque a banda não teve bons momentos antes, e agora somos uma banda novamente. Foi para provar que esta banda pode fazer um album como esse.
RB - O Helloween está bem diferente. Na primeira vez que vimos o Helloween, em 2001, Havia um clima...assustador, estranho, no palco...alguma coisa estava errada, e envolvia a todos...
Sascha - Sim, como também, às vezes, as pessoas pensam o que elas querem. Às vezes tudo está certo e as pessoas acham que está estranho. E às vezes está tudo errado e as pessoas ficam "ohhh ótimo!!"...qualquer coisa que você fizer, está errada.
RB - E sobre ontem, o que você diz, estava tudo certo?
Sascha - Sim, apesar de eu estar doente, sim! (risos)
RB - Ontem pudemos ver um Helloween bem mais feliz. Você concorda??
Sascha - Definitivamente!! Isso possibilita longas turnês. Foi por isso que nós decidimos gravar um novo album. Foi como continuar e não copiar nada, sabe? Como era antes...
RB - E sobre a escolha do setlist...o Heloween sempre muda muda muito o setlist, e toca músicas que não costuma tocar, como A Tale That Wasn't Right...
Sacha - Hum...Mas acho que a banda tocou esta música por um bom tempo...
RB - Mas recentemente, no último show que o Helloween fez aqui, não tocou algumas músicas que tocou ontem...
Sascha - Sim, eu estava nesse último e foi bem diferente!!
Decidimos fazer um set list no qual pudéssemos tocar todos os hits e novo material também. Mas é impossível tocar todas as músicas, pois numa banda com uma longa história não é possível tocar tantas músicas no show...eu acho...
Nota: Nesse momento o gravador cai sobre a mesa, quase no colo de Sascha, fazendo bastante barulho.
RB - Nós estamos tentando te matar!
(risos gerais)
RB - Continuando: isso acontece com qualquer banda com mais de 15 anos de carreira. Tem que decidir sobre músicas antigas e novas...
Sascha - Eu acho que você não pode deixar todos satisfeitos...Fazemos um show e depois as pessoas perguntam: "ah, por que vocês não tocaram essa música ou aquela música?".
Se você tocar "essa" ou "aquela" música, as pessoas vão vir a nós também para perguntar "por que vocês tocaram essa e aquela???". (risos)
RB - Você teria que fazer um show de 4 horas, e mesmo assim isso ia acontecer!
Sascha - Eu acho isso bem difícil numa banda, você vai sempre errar. Você não pode fazer as coisas certas para todos, é impossível...
RB - Sobre a escolha do Dani...Foi difícil ou fácil encontrar um novo baterista?
Sascha - Para nós foi muito fácil, porque ele não tinha mais trabalho além da gravação, ele apenas veio para tocar no disco e nós vimos que ele era o cara certo...e ele realmente é!
RB - Estas decisões de novo baterista, set list, são feitas por Michael e Andi, ou todos juntos?
Nota: O gravador cai mais uma vez perto de Sascha, fazendo mais barulho e interrompendo a atenção de todos.
RB - Nós ainda vamos te matar antes do fim da entrevista!!
(risos por parte de todos)
Sascha - Hum...Cada decisão é feita como uma decisão da banda. Então nós apenas conversamos e decidimos juntos.
Eu sei que há muita fama sobre Weiki ser o chefe, ou Andi ser o chefe, e eles ficarem nos falando as coisas e nós sermos apenas escravos...(risos)
Entende? É besteira...
Nós decidimos tudo juntos.
RB- Não há chefe?
Sascha - Não. Há os caras antigos e nós somos os novos, dos quais eles tomam conta. Eles nos levam ao palco e nos tiram dele...(fazendo com os braços como se carregasse um bebê)
Não, estou só brincando!! (rindo)
RB - O que você faz no tempo livre? Além de responder entrevistas de websites brasileiros??
(risos gerais)
Sascha - Não há muito tempo livre. Tocar nesta banda é um trabalho de tempo integral. Nós estamos viajando o tempo todo, há novas turnês no verão, e nós estamos sempre compondo novas músicas, pois elas não caem do céu.
As pessoas pensam que tocando numa banda dessas você não tem que se preocupar, você não tem que trabalhar, você tem um monte de dinheiro...e não é verdade. Há muito trabalho a se fazer!
RB - Você conhece algo sobre o Heavy Metal brasileiro?
Sascha - Na verdade....Não. Eu só conheço o Angra. Eu diria que é uma banda famosa daqui, certo?
RB - Sim.
Sascha - É a única banda que conheço!
RB - Sepultura...Angra...Shaman...Krisiun??
Sascha - Sepultura? Ah, eles são daqui também... Eu achava que eles eram do México...
(risos)
RB - Falando dos outros shows no Brasil, você acha que para vocês é muito diferente tocar em lugares pequenos como o Opinião, tocando para 2000 pessoas?
Vocês costumam tocar para...quase 10.000 pessoas...
O que você acha dessas diferenças?
Sascha - Eu diria que nós basicamente tocamos em vários tamanhos de palco e vários tamanhos de lugares, então é sempre uma surpresa. Você sempre vê pessoas de várias idades, diferentes públicos. É muito mais interessante do que tocar todos os dias num estádio. Ficaria chato...
Prefiro essas surpresas!
RB - O que você tem ouvido e que bandas você mais gosta?
Sascha - Eu não tenho bandas favoritas...
RB - Helloween? (risos)
Sascha - Eu realmente não tenho bandas preferidas. Eu escuto um monte de estilos diferentes. Tenho a mente bem aberta. Desejo ver mais do que um fã de heavy metal, às vezes. Ouço Jazz, Pop Music, Rock, Heavy Metal, tudo...
Eu sou um músico, não só fã de heavy metal, entende?
RB - Hum...Você ouve coisas que um músico ouve para crescer musicalmente, para aprender...(?)
Sascha - Hum, eu não sei...Mas, por exemplo, se eu estou com meus amigos em casa, e não há fãs de heavy metal, nós ouvimos de tudo...Eles ouvem Helloween e dizem "mas isso não é heavy metal, é rock", sabe? Eles ouvem de tudo.
Se a música é boa, e eu gosto, eu ouço!
Não é como ser um fã de alguma banda. É como gostar de comida italiana. Você não vai comer comida italiana todos os dias.
Nota: O Helloween estava deixando o hotel. Estávamos entrevistando Sascha no hall de entrada enquanto o resto da banda e a equipe saíam com a bagagem.
RB - Bem, para finalizar, diga algo aos fãs de Porto Alegre.
Sascha (como se estivesse discursando) - Olá queridos amigos do heavy metal de Porto Alegre!!!
Eu realmente gostei da cidade, mas não vi muita coisa, porque eu só fiquei no hotel, mas acredito que é muito legal, pois vejo muitas árvores ali fora!
(gargalhadas)
Foi muito legal tê-los no show ontem...hum...e eu desejo ver vocês na próxima vez também!
RB - "...e eu ainda estou vivo!"
Sascha - Sim!!
(mais gargalhadas e a despedida da banda que partia para o aeroporto).
Fonte: www.rockbox.com.br/