Post by Alinne on Sept 11, 2004 19:32:27 GMT -5
Como está a repercussão do “Hellfire Club” pelo mundo?
Tobias Sammet: Não sei te dizer como tem sido com relação às vendas, pois não tenho os números ainda, mas, todos as companhias envolvidas estão muito felizes. Também posso dizer que temos recebido um retorno muito bom por parte de nossos fãs que dizem que esse é o nosso melhor álbum. Eu não ousaria dizer isso, pois não quero fazer uma competição com os discos anteriores e eleger que é o melhor ou não. Estamos muito contentes com o
resultado e temos recebido uma resposta bem positiva dos fãs na turnê até agora.
O novo álbum saiu pela Nuclear Blast depopis de um longo tempo de lançamentos pela AFM records. Quais os motivos para essa mudança de gravadora?
Tobias Sammet: A Nuclear Blast é uma das gravadoras mais importantes hoje em dia e por isso, honestamente falando, eles puderam nos oferecer algo melhor em termos de dinheiro. Claro que o dinheiro é importante, mas este não valeria nada se nós não estivéssemos respondendo as expectativas deles. Além disso também achamos melhor porque eles tem escritórios espalhados em muitos lugares do mundo, como na América do Sul e, com isso, podem fazer um esquema de divulgação melhor de nosso trabalho o que é muito bom para nós.
Depois de quase 10 anos de carreira e 6 álbuns lançados como você analisa a carreira do Edguy?
Tobias Sammet: Bem, estamos muito contentes pois batalhamos muito para chegarmos onde chegamos. Para muitos, as coisas acontecem muito facilmente, mas para nós, tudo foi muito duro. Desde o lançamento do nosso primeiro álbum, “The Savage Poetry”, quando éramos apenas adolescentes, tivemos que escalar a montanha pedaço a pedaço e isso foi muito bom para nós, porque hoje sabemos exatamente como a montanha é e estamos muito felizes por isso.
É verdade que você pretendem gravar um DVD no Show em São Paulo? Se sim, porque escolheram São Paulo?
Tobias Sammet: Bem, nós poderíamos gravá-lo em qualquer lugar onde temos um grande público, como em Paris, por exemplo, como fizemos com o nosso álbum ao vivo. Mas, decidimos não fazê-lo na Europa. Eu tenho uma certa experiência com show em São Paulo; fizemos um grande show aí quando de nossa última turnê pelo Brasil. O público realmente é muito entusiasmado e eu diria que o público no Brasil realmente sabe como fazer uma festa. E, por outro lado, eu estava lá quando o Shaman gravou seu DVD ao vivo e tudo me pareceu muito profissional e bom. Eu o mostrei para os outros caras na banda e eles gostaram muito e então pensamos, por que não gravar nosso DVD no Brasil?
Por falar nisso, que lembranças você tem da primeira passagem pelo Brasil, no início de 2002?
Tobias Sammet: Bem, vamos começar pelos clichês... O tempo, as praias, os drinks e as mulheres bonitas... Eu também acho que as pessoas são bem tranqüilas. Eu acho que foram muito bons nossos shows por aí porque as pessoas realmente sabem como fazer uma festa e, não que elas se comportem como se estivessem numa festa de aniversário, mas sabem realmente se comportar num show de metal! Não é como na Alemanha que as pessoas apenas observam o show de longe. Não que isso seja ruim, pois quando vou ao um show
me comporto da mesma maneira; mas no Brasil, as pessoas realmente são parte do show!
E quais as diferenças que você vê entre essas primeiras apresentações e as expectativas com relação a este novo show ao lado do Kotipelto, Shaman e Viper?
Tobias Sammet: Bem, nós sempre temos muitas bandas tocando antes de nós nos shows. Mas acho que a principal diferença será o cenário. Estamos levando todo o cenário que usamos nos grandes shows pela Europa e estamos planejando muitas coisas legais. Acho que teremos um grande visual no show. Além disso faremos uma grande festa, pois nossos amigos do Shaman estarão lá. Claro que faremos uma grande festa nas outras cidades também, mas o Shaman só toca em São Paulo.
Se você pudesse escolher bandas para dividir o palco, além daquelas com as quais vocês já tocaram, quais você gostaria?
Tobias Sammet: Talvez o Kiss
O Kiss?
Tobias Sammet: Sim, mas claro que se fossemos tocar com eles só poderíamos tocar 30 minutos e teríamos 30% do som e luz e teríamos que pagar uma puta grana por isso. Também gostaria de tocar com AC/DC com sua formação original com Bon Scott, o Queen, com sua formação orginal. Como você pode perceber, acho que nenhum desses shows será possível algum dia... (risos)
Como se deu a participação inusitada do Mille Petrozza do Kreator na faixa “Mysteria” e qual tipo de música você costuma ouvir?
Tobias Sammet: Bem, devo dizer que não sou um grande fã de Kreator, mas nós somos amigos... Não é o tipo de música que ouço diariamente em minha vida privada. Foi bem legal fazer esse trabalho com ele, pois ele tem uma voz muito intensa que se encaixava perfeitamente à música e também, foi bom para parar com a guerrinha que um costuma falar do outro que black metal é ruim, thrash metal não presta, poser metal é uma bosta.... Kreator é uma banda de thrash metal do ínicio dos anos 80 e nós uma banda de speed melodic heavy metal que se uniram para fazer um bom trabalho juntos. Quanto ao que eu ouço... Custumo ouvir aos clássicos do hard rock e heavy metal, como Queen, Magnum, Kiss, Iron Maiden, Gamma Ray, DIO, Rainbow, Bon Jovi e coisas como essas.
Os fãs ainda podem ter a esperança de ouvir o Avantasia - The Metal Opera Part III?
Tobias Sammet: Bem eu acho que as pessoas têm o direito de desejarem qualquer coisa, mas, honestamente falando, não estou planejando nada nesse sentido. Eu sei que muitas pessoas adorariam ouvir isso e acho que seria algo legal, mas no momento estou muito ocupado com o Edguy, e a banda deu um grande passo em sua carreira e é por isso que não quero deixá-los para trás. Somos um tipo de família e eu não quero dividir minha energia entre duas coisas... Apenas quero dar 100% de mim em uma coisa só e isso, seria o Edguy. Eu acho que hoje em dia existem muitas bandas e, você tem que dar o melhor de si para conquistar o seu espaço, por isso eu prefiro focar toda a minha energia e imaginação no Edguy. Eu não sei o que acontecerá em 15 ou 20 anos; talvez em 15 anos eu possa fazer um outro projeto, mas sinceramente não estou planejando nada nesse sentido!
Como você analisa o cenário musical hoje em dia, principalmente o estilo Heavy Metal Melódico? Você não acha que o mercado está saturado com tantas bandas sem qualidade nenhuma?
Tobias Sammet: Eu acho que tem muita banda fazendo a mesma coisa e, acho que as boas sobreviverão e as ruins, não. Infelizmente, também acho que muitas bandas boas desaparecerão e muitas coisas ruins prevalecerão. Isso é uma coisa natural em qualquer tipo de moda. Mas acho que quem faz um trabalho com toda a sua energia e amor sobreviverá. O Gamma Ray é uma dessas bandas que sempre estará lá. Não porque o Kai foi um dos fundadores do Helloween ou coisa parecida, mas sim porque ele é um grande músico e compositor e é por isso que eu acho que o Gamma Ray sempre estará entre as grandes bandas que sobreviverão. Eu acho que é bem díficil hoje em dia para os fãs distinguirem o bom do ruim. Quando você vai a uma loja é como se tivesse um cartão “Dragão”, pois você pode ver dragões na maioria das capas e, quando você lê o anúncio do disco, sempre está escrito "a mais nova bombástica revelação do metal sinfônico, épico, bla bla bla (risos)..." Como eu disse, acho que as boas bandas sobreviverão e, se não sobreviverem é poque não mereciam isso.
Deixe uma mensagem para os leitores do Rock Online.
Tobias Sammet: Primeiramente eu gostaria de agradecer todo o apoio do público brasileiro e, acho que é um grande apoio, pois caso contrário, essa grande turnê não seria possível. E eu realmente espero poder encontrá-los em algum lugar em nossa turnê. Vamos fazer uma grande festa juntos. Cuidem-se!!!
fonte:Rock online
Tobias Sammet: Não sei te dizer como tem sido com relação às vendas, pois não tenho os números ainda, mas, todos as companhias envolvidas estão muito felizes. Também posso dizer que temos recebido um retorno muito bom por parte de nossos fãs que dizem que esse é o nosso melhor álbum. Eu não ousaria dizer isso, pois não quero fazer uma competição com os discos anteriores e eleger que é o melhor ou não. Estamos muito contentes com o
resultado e temos recebido uma resposta bem positiva dos fãs na turnê até agora.
O novo álbum saiu pela Nuclear Blast depopis de um longo tempo de lançamentos pela AFM records. Quais os motivos para essa mudança de gravadora?
Tobias Sammet: A Nuclear Blast é uma das gravadoras mais importantes hoje em dia e por isso, honestamente falando, eles puderam nos oferecer algo melhor em termos de dinheiro. Claro que o dinheiro é importante, mas este não valeria nada se nós não estivéssemos respondendo as expectativas deles. Além disso também achamos melhor porque eles tem escritórios espalhados em muitos lugares do mundo, como na América do Sul e, com isso, podem fazer um esquema de divulgação melhor de nosso trabalho o que é muito bom para nós.
Depois de quase 10 anos de carreira e 6 álbuns lançados como você analisa a carreira do Edguy?
Tobias Sammet: Bem, estamos muito contentes pois batalhamos muito para chegarmos onde chegamos. Para muitos, as coisas acontecem muito facilmente, mas para nós, tudo foi muito duro. Desde o lançamento do nosso primeiro álbum, “The Savage Poetry”, quando éramos apenas adolescentes, tivemos que escalar a montanha pedaço a pedaço e isso foi muito bom para nós, porque hoje sabemos exatamente como a montanha é e estamos muito felizes por isso.
É verdade que você pretendem gravar um DVD no Show em São Paulo? Se sim, porque escolheram São Paulo?
Tobias Sammet: Bem, nós poderíamos gravá-lo em qualquer lugar onde temos um grande público, como em Paris, por exemplo, como fizemos com o nosso álbum ao vivo. Mas, decidimos não fazê-lo na Europa. Eu tenho uma certa experiência com show em São Paulo; fizemos um grande show aí quando de nossa última turnê pelo Brasil. O público realmente é muito entusiasmado e eu diria que o público no Brasil realmente sabe como fazer uma festa. E, por outro lado, eu estava lá quando o Shaman gravou seu DVD ao vivo e tudo me pareceu muito profissional e bom. Eu o mostrei para os outros caras na banda e eles gostaram muito e então pensamos, por que não gravar nosso DVD no Brasil?
Por falar nisso, que lembranças você tem da primeira passagem pelo Brasil, no início de 2002?
Tobias Sammet: Bem, vamos começar pelos clichês... O tempo, as praias, os drinks e as mulheres bonitas... Eu também acho que as pessoas são bem tranqüilas. Eu acho que foram muito bons nossos shows por aí porque as pessoas realmente sabem como fazer uma festa e, não que elas se comportem como se estivessem numa festa de aniversário, mas sabem realmente se comportar num show de metal! Não é como na Alemanha que as pessoas apenas observam o show de longe. Não que isso seja ruim, pois quando vou ao um show
me comporto da mesma maneira; mas no Brasil, as pessoas realmente são parte do show!
E quais as diferenças que você vê entre essas primeiras apresentações e as expectativas com relação a este novo show ao lado do Kotipelto, Shaman e Viper?
Tobias Sammet: Bem, nós sempre temos muitas bandas tocando antes de nós nos shows. Mas acho que a principal diferença será o cenário. Estamos levando todo o cenário que usamos nos grandes shows pela Europa e estamos planejando muitas coisas legais. Acho que teremos um grande visual no show. Além disso faremos uma grande festa, pois nossos amigos do Shaman estarão lá. Claro que faremos uma grande festa nas outras cidades também, mas o Shaman só toca em São Paulo.
Se você pudesse escolher bandas para dividir o palco, além daquelas com as quais vocês já tocaram, quais você gostaria?
Tobias Sammet: Talvez o Kiss
O Kiss?
Tobias Sammet: Sim, mas claro que se fossemos tocar com eles só poderíamos tocar 30 minutos e teríamos 30% do som e luz e teríamos que pagar uma puta grana por isso. Também gostaria de tocar com AC/DC com sua formação original com Bon Scott, o Queen, com sua formação orginal. Como você pode perceber, acho que nenhum desses shows será possível algum dia... (risos)
Como se deu a participação inusitada do Mille Petrozza do Kreator na faixa “Mysteria” e qual tipo de música você costuma ouvir?
Tobias Sammet: Bem, devo dizer que não sou um grande fã de Kreator, mas nós somos amigos... Não é o tipo de música que ouço diariamente em minha vida privada. Foi bem legal fazer esse trabalho com ele, pois ele tem uma voz muito intensa que se encaixava perfeitamente à música e também, foi bom para parar com a guerrinha que um costuma falar do outro que black metal é ruim, thrash metal não presta, poser metal é uma bosta.... Kreator é uma banda de thrash metal do ínicio dos anos 80 e nós uma banda de speed melodic heavy metal que se uniram para fazer um bom trabalho juntos. Quanto ao que eu ouço... Custumo ouvir aos clássicos do hard rock e heavy metal, como Queen, Magnum, Kiss, Iron Maiden, Gamma Ray, DIO, Rainbow, Bon Jovi e coisas como essas.
Os fãs ainda podem ter a esperança de ouvir o Avantasia - The Metal Opera Part III?
Tobias Sammet: Bem eu acho que as pessoas têm o direito de desejarem qualquer coisa, mas, honestamente falando, não estou planejando nada nesse sentido. Eu sei que muitas pessoas adorariam ouvir isso e acho que seria algo legal, mas no momento estou muito ocupado com o Edguy, e a banda deu um grande passo em sua carreira e é por isso que não quero deixá-los para trás. Somos um tipo de família e eu não quero dividir minha energia entre duas coisas... Apenas quero dar 100% de mim em uma coisa só e isso, seria o Edguy. Eu acho que hoje em dia existem muitas bandas e, você tem que dar o melhor de si para conquistar o seu espaço, por isso eu prefiro focar toda a minha energia e imaginação no Edguy. Eu não sei o que acontecerá em 15 ou 20 anos; talvez em 15 anos eu possa fazer um outro projeto, mas sinceramente não estou planejando nada nesse sentido!
Como você analisa o cenário musical hoje em dia, principalmente o estilo Heavy Metal Melódico? Você não acha que o mercado está saturado com tantas bandas sem qualidade nenhuma?
Tobias Sammet: Eu acho que tem muita banda fazendo a mesma coisa e, acho que as boas sobreviverão e as ruins, não. Infelizmente, também acho que muitas bandas boas desaparecerão e muitas coisas ruins prevalecerão. Isso é uma coisa natural em qualquer tipo de moda. Mas acho que quem faz um trabalho com toda a sua energia e amor sobreviverá. O Gamma Ray é uma dessas bandas que sempre estará lá. Não porque o Kai foi um dos fundadores do Helloween ou coisa parecida, mas sim porque ele é um grande músico e compositor e é por isso que eu acho que o Gamma Ray sempre estará entre as grandes bandas que sobreviverão. Eu acho que é bem díficil hoje em dia para os fãs distinguirem o bom do ruim. Quando você vai a uma loja é como se tivesse um cartão “Dragão”, pois você pode ver dragões na maioria das capas e, quando você lê o anúncio do disco, sempre está escrito "a mais nova bombástica revelação do metal sinfônico, épico, bla bla bla (risos)..." Como eu disse, acho que as boas bandas sobreviverão e, se não sobreviverem é poque não mereciam isso.
Deixe uma mensagem para os leitores do Rock Online.
Tobias Sammet: Primeiramente eu gostaria de agradecer todo o apoio do público brasileiro e, acho que é um grande apoio, pois caso contrário, essa grande turnê não seria possível. E eu realmente espero poder encontrá-los em algum lugar em nossa turnê. Vamos fazer uma grande festa juntos. Cuidem-se!!!
fonte:Rock online