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Post by Alinne on Mar 28, 2006 0:23:18 GMT -5
Helloween esquenta noite chuvosa e fria no Rio !!!!!!!!
Após um forte show em São Paulo no dia anterior, do qual foram extraídas imagens para uso em um futuro DVD, os alemães do HELLOWEEN aportaram na cidade maravilhosa, no Claro Hall, para mais um show da turnê de divulgação de "Keeper Of The Seven Keys: The Legacy".
A abertura coube aos paulistas do SHADOWSIDE, que iniciavam sua turnê para divulgar o recém lançado "Theatre Of Shadows". Para um Claro Hall bem abastecido de fãs, a banda mandou sons próprios como "Highlight", "We Want A Miracle" e covers como "Rainbow In The Dark" (Dio) e "Painkiller" (Judas Priest). A presença de palco dos músicos é ótima e a galera reconheceu a competência da banda.
Já o Helloween veio disposto a resgatar os tempos alegres de eras passadas. Com um repertório variado, mas tocando músicas novas como "King Of A 1000 Years", "Occasion Avenue" e "Mrs. God". Clássicos como "I Want Out" e "Dr. Stein" marcaram presença, numa performance competente, que só pecou por alguns exageros do vocalista Andi Deris e uma notável falta de entrosamento entre os guitarristas Michael Weikath e Sascha Gestner. Porém, isso não ofuscou o bom show, que agradou em cheio os fãs da banda, com 15 músicas e 2:30 de duração.
Aguarde para breve um review completo deste show, com fotos e mais detalhes.
Whiplash
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Post by Alinne on Mar 31, 2006 21:58:50 GMT -5
Helloween (Credicard Hall, São Paulo, 25/03/06)
Parece que o público brasileiro ainda não se acostumou com o fato de, constatemente, muitas bandas estarem gravando seus shows ao vivo em nosso país, em especial, na cidade de São Paulo. E como todo bom brasileiro gosta de aparecer, um grande público compareceu ao Credicard Hall para o show do Helloween, sem no entanto, lotar a casa - isso talvez porque o ingresso fosse uma paulada de R$110,00...
Os alemães, pais do metal melódico, fizeram do Brasil uma parada obrigatória desde a turnê do álbum “Master of the Rings”, quando tocaram no extinto Philips Monster of Rock em 96. A banda é sinônimo de casa cheia, mas não quer dizer que hoje o Helloween seja uma unanimidade. Muitos torceram o nariz para o último lançamento da banda, o álbum duplo “Keeper of the Seven Keys – The Legacy”, que é a continuação dos dois primeiros “Keeper” que datam de 1987 e 1988 (e diga-se de passagem, dois dos mais influentes álbuns na história do heavy metal). Crítica e público consideraram isso uma afronta à história da banda, pois como seria possível fazer um álbum com o título “Keeper of the Seven Keys” sem os dois grandes nomes da banda na época, que eram Kai Hansen e Michael Kiske?
É claro que os mais fanáticos adoraram o novo álbum e fazem cada vez mais suas juras de amor à banda, mesmo sabendo que esse tal novo “Keeper” não é lá essas coisas, ainda mais sendo um lançamento duplo com músicas longas e que soam como uma volta forçada às raízes.
A turnê havia sido anunciada com grande alarde pois seriam tocadas muitas músicas dos três “Keeper”, em especial as músicas longas de cada álbum. Isso já acaba sendo um fator negativo, pois tocar três ou quatro músicas de 12 minutos cada significa sacrificar inúmeros clássicos em nome de um conceito há muito ultrapassado. Com isso, a banda acaba negando muito de sua história com Andi Deris, pois foi graças à sua entrada que a banda ressucitou, com grandes álbuns e outros tantos clássicos.
O Helloween veio com uma ótima produção de palco dessa vez, com um enorme pano de fundo do novo álbum e um jogo de luzes muito bem elaborado. Após o tradicional atraso e da introdução (com direito a um “Guardião das 7 Chaves” no meio do palco), a banda entrou no palco mandando a primeira música longa da noite, “King for a 1000 years”. O público não parava de gritar e cantou junto o refrão com Andi Deris que, como sempre, teve o público na mão desde o momento em que pisou no palco. O baixista Markus Grosskopf não parava em cima do palco, como sempre, tocando com a precisão habitual. Sascha Gerstner nem parece mais aquele cara tímido do show de 2003, pois se movimenta bastante pelo palco e toca com muita confiança. O novo batera Dani Loeble é um animal, toca com muita pegada e empolgação.
Mas quem mais surpreende logo no começo é Michael Weikath. Ele que é conhecido por ser o mais antipático em cima do palco, parecia estar bem animado, pois fazia várias poses e caretas para o público. Sem dúvida alguma para ele as mudanças na formação da banda foram a melhor coisa que podia ter acontecido.
Enquanto o público enlouquecia com a banda e bandeiras do Brasil tremulavam pelo local, eu não conseguia entender aquela música longa logo no começo. Além da sua duração, não é uma música empolgante, com aqueles refrões típicos do Helloween. Ela tem muitas mudanças de ritmo que não se encaixam e a música soa para mim como se eles tivessem juntando trechos de músicas diferentes para que tivessem algo digno de um álbum chamado “Keeper of the Seven Keys”.
Ao final dessa música, Andi Deris cumprimenta o público, agradecendo pela presença e dizendo que é ótimo estar em São Paulo outra vez. Também diz que o show está sendo gravado para o DVD, o que provoca ainda mais gritos do público. Na sequência vem a primeira grande música da noite: “Eagle Fly Free”. Se quisesse, Andi nem precisaria ter cantado, já que é essa música está na ponta da língua de 11 entre 10 fãs de metal melódico. Na hora do refrão, Andi não fez feio e mandou muito bem, mostrando às viúvas de Michael Kiske que ele tem qualidade sim para estar na banda há mais de 10 anos. Ele impôs sua personalidade na banda e há muito não se preocupa em ser uma cópia do seu antecessor.
Depois de “Eagle” foi a vez da fraca “Hell Was Made In Heaven”, do álbum “Rabbit Don’t Come Easy”, que não empolgou muito e acabou quebrando o ritmo do show. Poderiam ter tocado outra música desse álbum, como “Just a Little Sign” ou “Liar”. O show segue com os 13 minutos de “Keeper of the Seven Keys”, música que faz muita gente arrancar os cabelos, pois é daquelas que se acha que nunca será tocada em um show. Ela já havia sido tocada na última turnê, já uma supresa naquele momento. Dessa vez, ela foi executada com maestria pela banda, e destaco aqui outra vez a performance de Andi Deris. Tudo bem, mesmo que essa e outras músicas no show tenham sido executadas um tom abaixo da afinação original nos álbuns de estúdio (principalmente aquelas que contavam com Michael Kiske nos vocais), ele fez bonito e mandou bem em TODOS os agudos. Críticado por sua falta de potência nos tons mais altos, Andi, com certeza, calou a boca de muitos.
Apesar do público não parar um minuto e cantar tudo, o show ainda estava estranho. Afinal, já havia se passado mais de meia hora e só 4 músicas haviam sido tocadas. Músicas muito diferentes entre si e que não davam unidade à apresentação. A coisa não decolava!
A balada “A Tale That Wasn’t Right” mostrou que realmente a intenção era reviver a era dos “Keepers”. Mas acho que o sentimento de nostalgia nunca pairou no Credicard Hall, pois todos sabiam que algo faltava.
Minhas esperanças do show realmente começar a pegar fogo desapareceram quando todos saíram do palco, sobrando apenas Dani Loeble. Um solo de bateria pode ser algo muito bacana, mas na maioria das vezes não é. Isso é fato comprovado, ainda mais quando ocorrem em shows de bandas de metal melódico. Não preciso nem dizer que o novo baterista do Helloween foi uma escolha acertada, pois ele tem a pegada, a velocidade e a técnica necessárias para o posto, mas seu solo podia ter sido um pouco mais criativo e mais curto. No entanto, foi divertido, pois ao lado de sua bateria foi montado um mini kit para Markus Grosskopf travar um cômico “duelo” contra ele.
“Occasion Avenue” foi a segunda música do novo “Keeper” a ser executada... e não é que foi outra música kilométrica? Assim é muito difícil manter o público preso ao show, por mais que adorem a banda. Muita gente foi pro fundo pra sentar e descansar e outros tantos saíram para tomar um pouco de ar. Pelo menos a banda lembrou do excelente “The Dark Ride” e mandaram “Mr. Torture” e “If I Could Fly”, muito bem recebidas, mas tocadas um pouco mais devagar do que em suas versões originais, como outras tantas durante o show.
Sascha Gerstner também teve sua vez de fazer um solo, também engraçadinho como o de bateria. Dessa vez, o duelo foi entre ele e Dani Loeble que, com uma guitarra de brinquedo, fez caras e bocas enquanto dublava um solo feito pelo tecladista.
Então veio uma música para levantar o público: a mais do que manjada “Power”, do álbum “Time of the Oath”. Quem estava sentado levantou e quem estava lá fora voltou pra conferir. O clássico “Future World” foi tocado numa versão mais longa, que contou com intensa participação do público e fez lembrar os áureos tempos do “Keeper”, naquela versão imortalizada no álbum “Live in the U.K.”. Andi Deris apresentou a banda, pegou uma bandeira do Brasil e fez a tradicional brincadeira pro público cantar junto, que geralmente acontecia durante “Power”.
A primeira parte do show termina com a nova – e sem graça - “Invisible Man”. Após uma breve pausa, a banda volta para o bis com o single “Mrs. God”, uma música boba e totalmente dispensável. “I Want Out” veio para alegrar os fãs mais antigos e tudo termina com a alegre “Dr. Stein”.
A banda continua excelente, são músicos de qualidade indiscutível. Porém, o Helloween vive um momento diferente daquele período de 1987/88: o som mudou, os músicos são outros e o heavy metal não é mais o mesmo. Tudo bem, foram duas horas de show, mas não foi daqueles inesquecíveis, que lavam a alma de qualquer fã. Considerando o fato de que estávamos presenciando a gravação de um DVD, a banda poderia ter caprichado mais na escolha do repertório. Tocar 3 músicas que somadas, tomam mais de 40 minutos do tempo, é no mínimo equivocado. Poderiam ter tocado outras músicas do “Keeper of the Seven Keys – The Legacy”, pois convenhamos: tocar apenas 4 músicas (e digo outra vez, muito mal escolhidas) que fazem parte de um álbum DUPLO, é muito pouco. Repito: será que vale a pena sacrificar tantos outros sucessos para reviver o conceito de uma época que não volta mais?
Whiplash
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Post by Alinne on Apr 2, 2006 12:39:42 GMT -5
Eu não tenho palavras pra dizer o que foram estas duas semanas,mas eu sei que foram perfeitas!!!!!! Adorei,os shows foram otimos e me diverti muito !!!!!!!! Nem tenho palavras pra dizer,como foram especias!!!!!!!
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Post by Alinne on Apr 8, 2006 11:49:25 GMT -5
Reviwe de santos:
Problemas alheios à organização do evento tornaram complicada a entrada do público no local, o que acabou provocando uma certa revolta dos presentes. Assim, muitos perderam o show de abertura do Shadowside, que começou pontualmente às 20h30.
Promovendo seu “debut” “Theatre of Shadows”, o Shadowside, que já abriu shows de outras grandes bandas como Primal Fear, Nightwish e Shaaman, mostrava-se muito à vontade e não se abalou pelos tradicionais problemas com o som no ínicio de seu show. “Vampire Hunter”, com seu refrão marcante, abriu a apresentação de forma empolgante, com a vocalista Dani Nolden comandando o público, que durante todo o show, aplaudiu e vibrou com a banda. “Highlight” veio na sequência, pesada, com uma pegada bem hard e com grande trabalho da dupla de guitarristas formada por Bill Shadow e Ricky Slater.
Infelizmente, a acústica do local era muito ruim e era difícil ouvir o som da banda. Não foram poucas as vezes que o público gritou para que aumentassem o volume da voz e das guitarras.
Dani Nolden agracece o público presente (vale dizer que muitas pessoas ainda não tinham entrado) e então a banda manda o clássico “Rainbow in the Dark”, do mestre Dio. O “riff” de teclado dessa música levanta qualquer um! “Shadow Dance”, o ato 1 da música “Theatre of Shadows”, com seu riff galopante, mostrou que a cozinha formada por Lucas de Santis (baixo) e Fábio Buitvidas (bateria) não brinca em serviço, o que ficou comprovado na porrada “Illusions”. Após a apresentação da banda, o batera Fábio Buitvidas introduz “Painkiller” (Judas Priest), que foi tocada numa versão mais pesada e teve grande perfomance de todos os músicos. “Red Storm” e “Here to Stay” fecharam a grande apresentação do Shadowside, que fez mais do que um mero show de abertura, pois mostrou muita personalidade, presença de palco (em especial, a vocalista Dani Nolden) e qualidade no que apresentou.
Com todo o público dentro do ginásio, o calor ficou infernal. Bom para os ambulantes, que faturaram uma boa grana vendendo água no meio da pista. Também era vendida cerveja do lado de fora do ginásio, algo que me preocupou no começo, já que isso poderia ser estopim para muita confusão, caso houvesse abuso por parte dos presentes. Felizmente, não houve qualquer tipo de problema, a não ser aquele pequeno número de pessoas que exagera e acaba vomitando em um canto ou outro...
Arriscar novamente o conceito “Keeper Of The Seven Keys” foi uma manobra muito arriscada para o Helloween, ainda mais levando em consideração que a palavra “Keeper” remete diretamente aos nomes Kai Hansen e Michael Kiske. Não que eles tenham sido os únicos responsáveis por aqueles dois excelentes álbuns, pois Michael Weikath compôs muitas músicas (leia-se clássicos) daquele período. Mas sejamos honesto:as melodias e solos de Hansen e a incrível voz de Kiske não são fáceis de serem relevadas.
No entanto, o momento é outro: mesmo com mudanças de formação ao longo dos anos, o Helloween voltou a ser relevante de 1994 pra cá. E os méritos disso vão pra Weikath, que chamou o ex-Pink Cream 69 Andi Deris, que tirou a banda do buraco e fez inúmera contribuições, impondo seu estilo e dando uma cara nova à banda.
Pretendia-se resgatar o espírito “Keeper” nessas turnê, tocando muitas músicas desses três álbuns. Algo, para mim, equivocado, pois muita coisa boa produzida na “era Deris” foi deixada de lado em nome da nostalgia.Será que vale mesmo a pena?
Os ajustes de palco demoraram quase 50 minutos após o término da apresentação da Shadowside. Por volta de 22h15, as luzes se apagaram e “For Those About To Rock”, do AC/DC, serviu como o último aquecimento para o público, como havia acontecido também em São Paulo. Ao final da música, alguém da produção, vestido como o “Guardiã das Sete Chaves”(usando um tênis bem surrado), cuida da parte teatral do show, segurando algo que deveria parecer uma bíblia ou coisa do tipo, mas que na verdade era um guia de páginas amarelas. Tudo bem, isso é o de menos, já que quem viu isso foi só o pessoal da imprensa que estava à frente da grade. Devido às limitações físicas do ginásio, o belo pano de fundo com a capa do último álbum “Keeper Of The Seven Keys – The Legacy) não pode ser erguido totalmente, porém a iluminação estava bem montada.
O “Guardião” sai do palco e a banda adentra o palco, enquanto rola a introdução de ”King For A 1000 Years”. O público vai à loucura e Andi Deris é só sorrisos vendo tudo aquilo. A música fica galopante e a platéia pula junto, aumentando ainda mais o calor no local (se é que isso era possível).
A empatia que o Helloween tem com seus fãs sempre foi notável, e nesse dia não foi diferente. Quem estava na grade, mais perto de seus ídolos, não parava de sorrir e gritar, enquanto aqueles mais atrás erguiam seus braços e pulava.
O tamanho limitado do palco em nada atrapalhou a banda. O baixista Markus Groskopf não pára um momento sequer e o guitarrista Sascha Gerstner também se movimenta bastante, chamando os fãs para o show. Michael Weikath agita a sua maneira, mas nem de longe lembra aquele cara sisudo da turnê do “The Dark Ride”, por exemplo. Dani Löeble, o novo batera, soca sua bateria com muita empolgação.
Acredito que abrir o show com uma música longa não fisgou o público logo de cara, já que “King For A 1000 Years” tem várias mudanças ao longo de seus quase 15 minutos. Além disso, o som estava muito ruim, era difícil de ouvir o que rolava em cima do palco, em especial a voz de Andi Deris.
Ao final da música, Andi troca as primeiras palavras com o público e pede para que gritem bastante para que ele teste o seu monitor de ouvido. Prontamente atendido e feliz com o que ouviu, ele anuncia o primeiro clássico da noite. A arrasadora “Eagle Fly Free” causa estrago onde quer que seja tocada, e em Santos não foi diferente: público cantando a plenos pulmões e pulando demais. E antes que falem qualquer coisa do Andi Deris: sim, ele mandou bem, inclusive em todos os agudos da música, mostrando uma evolução técnica impressionante. Claro que não soou como Michael Kiske, afinal, Andi é outra pessoa, com uma outra voz e personalidade. E isso com certeza ele tem bastante.
A única irritante durante a música foram algumas garotas(em especial uma que usava um par de “antenas”na cabeça) que ficavam pulando sem parar na área reservada aos fotógrafos, numa demonstração de histeria, atrapalhando quem estava lá para trabalhar. Isso mostra uma falta de critério na hora de liberar o credenciamento, algo constante quando se fala de shows de heavy metal no Brasil.
“Hell Was Made In Heaven” foi a única do álbum “Rabbit Don’t Come Easy” tocada na noite. Uma típica música “Happy, Happy, Helloween”, com riffs que grudam na cabeça e um refrão idem. No entanto, ela poderia ser facilmente trocada por outra do mesmo álbum, como “Just a Little Sign”, “Liar” ou “Sun For The World”.
Sem descanso pro público, mandam a grande (mesmo) “Keeper Of The Seven Keys”, essa sim, uma emoção especial para os fãs santistas, que não tiveram a chance de ouvir esse clássico na turnê do “Rabbit Don’t Come Easy”, em 2003. Mesmo sendo tocada um tom abaixo do original (assim como as outras músicas da fase Kiske), essa música não perde sua força e mostra toda a competência da banda, pois sua execução é muito difícil.
A balada “A Tale That Wasn’t Right” serviu pro público descansar um pouco pois o calor, repito, estava de matar.
E então, tivemos o primeiro momento que considerei desnecessário no show: o solo de bateria de Dani Löeble. Solos de bateria tanto podem ser muito bacanas como podem ser muito chatos; eu fico com a segunda opção.Tudo bem que rolou um brincadeira entre Dani e Markus, que propôs um “duelo” contra seu companheiro, tocando numa bateria improvisada na parte superior do palco. Além de ter sido muito longo, o solo do novo baterista Dani Löeble foi massante, sem muita criatividade. Claro que o cara tem muita técnica, velocidade e força, mas confesso que senti falta do Uli Kush.
Mais uma do “Keeper – The Legacy” veio na sequência. E outra música longa: “Occasion Avenue”, com grande performance de Andi Deris, que mostrou grande domínio de sua voz.
Já se passava uma hora de show e apenas 6 músicas haviam sido tocadas. O roteiro para reavivar o espírito “Keeper” era seguido à risca, mas já estava cansando. Talvez a banda mesmo tinha consciência disso, tanto que mandaram duas músicas do “The Dark Ride” que levantaram o público: a ótima “Mr. Torture” e a balada “If I Could Fly”, com seu refrão cantado a plenos pulmões pelos presentes.
Se o solo de bateria já foi chato, o de guitarra então nem se fala. A mesma brincadeira de “duelo” se repetiu, só que desta vez foi entre Sascha Gerstner e Dani Löeble, que empunhava uma guitarra de brinquedo e dublava os as notas tocadas pelo tecladista. Foi engraçado, mas mesmo assim cansativo e dispensável.
“Power”, do álbum “Time Of The Oath” serviu pra mostrar que o público ainda estava lá depois do solo. Uma versão mais longa de “Future World” serviu para apresentar a banda e para aquela tradicional brincadeira com o púbico e que Andi Deris tanto gosta: lado esquerdo contra lado direito.
A primeira parte do show termina com “Invisible Man”, outra música do novo “Keeper – The Legacy”. Uma breve pausa e banda volta com o single do novo álbum, a feliz “Mrs. God”, muito bem recebida pelos presentes. As divertidas – e clássicas - “I Want Out” e “Dr. Stein” encerraram o show, mostrando que realmente, o lance era só “Keeper Of The Seven Keys” e não tinha como ser diferente.
O público santista sai do local em êxtase: era evidente a emoção e a satisfação no rosto de cada. Porém, o Helloween poderia ter sido mais objetivo, evitando as músicas longas do novo álbum, os desnecessários solos e esquecendo um pouco essa coisa de “Keepers”, pois a história da banda vai muito além disso.
Whiplash
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Post by Alinne on May 1, 2006 12:03:34 GMT -5
Resenha do show em Santos!
HELLOWEEN / SHADOWSIDE - Clube de Regatas Vasco da Gama - Santos - SP (01/04/2006) Encerrando a turnê pelo Brasil, que passou por cinco cidades, o HELLOWEEN (www.helloween.org) chegou ao litoral paulista - mais especificamente a Santos - para sua primeira apresentação na Baixada Santista. À uma hora da Grande São Paulo, boa parte do público era formado por moradores dessa região, que aproveitavam os baixos preços para este show - R$ 30,00 em caso de compra antecipada, enquanto na capital o ingresso custava a bagatela de R$ 110,00. A alta procura por entradas obrigou a produção a mudar o local do show poucos dias antes, se instalando em um espaço maior (e também de melhor acesso).
Com uma fila enorme que dobrava várias esquinas e a demora na entrada, a banda santista SHADOWSIDE (www.shadowside.ws), que lançou o elogiado "Temple of Shadows" no ano passado, foi obrigada a abrir a festa para menos de um terço do público final. O quinteto, liderado por Dani Nolden, realizou uma apresentação energética provando que a qualidade do disco não se resume a seções de estúdio.
Em aproximadamente 50 minutos, o grupo mostrou algumas das principais canções de seu novo trabalho, como "Vampire Hunter", "Highlight" e "Illusions" (minhas preferidas). A banda ainda arranjou tempo para realizar dois covers: "Rainbow In The Dark" (do Dio) e "Painkiller" (do Judas Priest), que logicamente deixaram o público ainda mais agitado. É bom ficar de olho deste grupo que promete ser uma das grandes revelações do heavy metal nacional.
Passada das 22h e com um ginásio lotado (ainda tinham pessoas entrando), a introdução do grupo alemão começou e, em seguida, os músicos iniciaram a longa "The King For A 1000 Years", do último disco. Sem a preocupação pela gravação do DVD, os integrantes se mostravam mais soltos e descontraídos, porém com uma apresentação bastante ensaiada. Na verdade, o set-list foi exatamente o mesmo do show em São Paulo (leia também resenha neste site), até as falas do carismático Andi Deris eram iguais em muitos momentos. Outros instantes semelhantes foram os solos de baterista e guitarra, que também contaram com os "duelos". Porém, desta vez, o Markus Grosskopf (baixo) se empolgou e ao final derrubou a bateria e uma caixa de som que estava ao seu lado.
Um dos poucos momentos diferentes foi antes da volta para o primeiro bis. Passavam poucos minutos da meia-noite, quando Markus trouxe o guitarrista Sascha Gerstner para o centro do palco informando que era aniversário dele. Assim, logicamente, o público emendou um "Happy Birthday" e duas garotas - uma delas sendo a vocalista do Shadowside - trouxeram garrafas de champagne, que foram agitadas banhando os fãs próximos a grade.
O público presente, que parecia estar mais animado que o de São Paulo, vibrou com clássicos como "Power", "Future World", "I Want Out" e "Dr. Stein". Assim foram mais de duas horas de show, nos quais os moradores da Baixada Santista (e de outras cidades próximas) puderam conferir uma grande apresentação.
(Texto e Fotos: Antonio Rodrigues )
Fonte:http://www.andheavymetalforall.com.br/
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